Sumário
A Dualidade é um conceito importante para todas pessoas, mas principalmente para nós que estamos em nossas jornadas de autoconhecimento, isso porque ela serve para compreendermos melhor a nossa própria vida e a nossa essência.
A definição de Dualidade segundo o dicionário Michaelis é: “caráter daquilo que é dual ou duplo”, e seu conceito aparece em muitas disciplinas de matemática (geometria, álgebra, análise), bem como em física, mas se formos aplicá-la à vida real, descobrimos que ela tem bases bem mais profundos do que apenas algo matemático com dois lados.
Vamos explorar esse conceito um pouco mais a seguir.
O que é Dualidade?
Quando falamos sobre Dualidade, normalmente estamos nos referindo à coexistência de dois elementos opostos ou complementares em um contexto, ou situação. São forças (ou coisas, ou sentimentos, etc) que estão em pontos radicalmente opostos, mas que não se anulam, pelo contrário, se complementam.
Isso pode ocorrer em várias áreas da vida, como na natureza, na filosofia, na psicologia e na experiência humana. Inclusive, boa parte da experiência humana é baseada na Dualidade. Afinal, não podemos realmente entender algo sem compará-lo com seu oposto.
Por exemplo, só reconhecemos a felicidade, porque já conhecemos a tristeza. Só aproveitamos o dia, porque temos a noite. Preferimos o doce porque já experimentamos o salgado. E assim por diante, e sempre vice-versa.
O que isso quer dizer? Que um lado só existe porque o outro também existe.
A forma mais clara de enxergarmos isso é a Dualidade entre vida e morte. É porque existe morte que existe vida. Nós nascemos e vamos morrer. E o que nos faz valorizar tanto a vida é justamente a consciência da morte – e isso inclusive que nos difere de tantas outras formas de vida; a consciência da finitude.
Esta é a Dualidade fundamental da nossa existência, ela que nos ajuda a alinhar todas as outras Dualidades que encontramos na vida.
Se para você a Dualidade parece algo muito radical por se concentrar nos extremos opostos do espectro, saiba que o meio-termo aqui não é sinônimo de equilíbrio, mas sim de indiferença.
O equilíbrio, só pode ser atingido se conseguirmos compreender que os dois extremos se complementam, e que o ponto ideal não é exatamente entre um e outro, mas nas diversas nuances que temos dentro desse espectro.
E como devemos conviver com essa eterna disputa entre lados? Primeiramente devemos compreender que a Dualidade faz parte das complexidades do viver, mas que ela pode ser gerenciada e que podemos conviver com ela tranquilamente. E mais ainda, podemos até mesmo tirar benefícios dela.
É sobre isso que falaremos a seguir.
Como conviver com as Dualidades da vida?
Ao convivermos com as Dualidades, desbloqueamos uma porção de benefícios importantes para a nossa vida, como uma maior compreensão sobre todas as coisas e pessoas, uma maior tolerância, uma melhor capacidade para resolução de conflitos, mais empatia, crescimento espiritual e um maior desenvolvimento pessoal
Pensando no coletivo, isso amplia a perspectiva e promove uma sociedade mais tolerante e compreensiva.
Vejamos a seguir algumas dicas de como podemos conviver com as Dualidades da vida:
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Aceitação da Dualidade: Reconheça que a Dualidade é uma parte intrínseca da vida. Aceite que nem tudo é preto e branco, e que muitas vezes as situações e emoções podem ser ambíguas ou contraditórias.
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Compreensão das nuances: Procure entender as nuances da Dualidade. Muitas vezes, as situações não são simplesmente “certas” ou “erradas”, e as emoções não são apenas “positivas” ou “negativas”. Explore as complexidades e as camadas subjacentes.
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Autoconsciência: Esteja ciente de suas próprias tendências em relação à Dualidade. Isso pode incluir reconhecer suas próprias ambiguidades, contradições ou conflitos internos. A autoconsciência pode ajudar a lidar melhor com a dualidade.
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Tolerância à incerteza: A Dualidade muitas vezes envolve incerteza. Desenvolva a tolerância à incerteza e a capacidade de viver com perguntas sem resposta. Às vezes, não há soluções claras ou respostas definitivas.
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Comunicação eficaz: Em relacionamentos e interações sociais, a comunicação eficaz desempenha um papel fundamental na gestão da Dualidade. Esteja aberto ao diálogo e à escuta ativa para compreender as perspectivas dos outros.
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Adaptabilidade: Esteja disposto a se adaptar às mudanças e às circunstâncias em constante evolução. A Dualidade muitas vezes implica a necessidade de ajustar nossas abordagens e atitudes conforme a situação exige.
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Respeito pela diversidade: Reconheça que as pessoas têm diferentes pontos de vista, experiências e valores. Respeitar a diversidade de opiniões e perspectivas é fundamental para conviver com a Dualidade em um mundo diversificado.
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Prática de mindfulness: A prática da atenção plena (mindfulness) pode ajudar a desenvolver a capacidade de observar a Dualidade sem julgamento e com aceitação. Isso pode promover a tranquilidade mental e emocional. Saiba mais sobre esta prática clicando aqui.
Conviver com a Dualidade não significa necessariamente eliminar a contradição ou a ambiguidade, mas sim aprender a lidar com ela de maneira construtiva e saudável, reconhecendo a riqueza e a complexidade da experiência humana.
Vamos Refletir?
O filósofo Luiz Felipe Pondé tem um vídeo onde ele reflete e provoca acerca do tema “O bem e o mal vivem em dualidade constantemente?”.
Vale assistir e colocar em pauta para enriquecer a nossa reflexão e opinião. Confira abaixo:
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