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Noção de quem eu sou

Publicado em: maio 04, 2021 | Por: Meu Retiro

Sumário

Como podemos manter a mesma imagem que construímos para lidar com a sociedade?

Existem muitas pessoas com a auto estima baixa, com vários complexos na sua forma de ser e agir, e quando começamos a questionar a raiz de onde as cobranças surgem, podemos encarar a vida com maior leveza.

Agora que já falamos sobre Como fazer que as pessoas gostem de mim? Quadro dicas para você desenvolver o amor-próprio, iremos nos aprofundar um pouco mais sobre o tema de autoimagem.

Relação de Quem Eu Sou com o Outro

No vídeo Autoimagem e Autoestima, o Luiz Hans traz a reflexão de que “O eu nasce através do outro, e o outro nasce através do eu”. 

A construção da noção de quem eu sou só funciona através do outro, como se fosse um espelho.

Os padrões estéticos que seguimos são determinados e mediados pela cultura e o contexto em que você se encontra.

Essas construções acontecem de forma simultânea, e podemos pensar no exemplo do claro e escuro, um só faz sentido quando temos o outro. Como podemos explicar para alguém o que é escuro sem o claro?

Como consequência, o eu pode acabar nascendo alienado de sua existência em que enxergamos de fora para dentro: Nos vemos a partir da opinião e pré conceitos estabelecidos por outras pessoas, deixando de lado toda as enormes diversidades que existem em cada ser, além de não explorar quais são os meus desejos e vontades próprias.

Comparação Para Alcançar a Ilusão da Perfeição

Desde criança, quando me vejo no espelho, vou associando a minha imagem a um padrão de beleza e qualidade. Começo a observar que sou magra demais, ou baixa demais, ou o meu nariz não está dentro da imagem de perfeição que é vendida para a opinião pública.

A partir disso, surgem as comparações, onde eu vejo que o corpo do outro é mais “perfeito” do que o meu, mas isso não acontece apenas porque eu quero, e sim porque as pessoas ao meu redor colaboram com essa comparação, que se torna uma espécie de competição.

Quando alguém compara meus defeitos físicos ou atitudes com os familiares e/ou pessoas de meu círculo social, por exemplo, vou virando uma espécie de concha de retalhos dos outros, deixando cada vez mais de lado quem sou eu.

O outro é o outro, age como o outro, sente como o outro. É de se imaginar que não parece justo fazermos comparações rasas e superficiais.

A partir do momento em que as pessoas começam a me descrever pelo que estão vendo de fora, de maneira externa e superficial do meu eu, onde não existe o eu de dentro para fora, vou me moldando com os pedaços fragmentados dos outros.

Isso resulta em uma incerteza constante de quem sou eu. 

Vivemos acompanhados de uma insegurança, e procuramos formas de manter essa “versão” de nós mesmos sempre atualizadas para o melhor possível (ou melhor dizendo, de acordo com o que a nossa cultura impõe que seja o “certo”).

Passamos então, a maior parte de nossas vidas tentando confirmar ou negar as opiniões jogadas sobre nós.

É Possível Não Se Preocupar com a Opinião do Outro?

Se preocupar com a opinião alheia é estrutural do ser humano, pois desde criança nós estamos nos espelhando naqueles que são nossas referências de ser e agir, e então, aprendemos como devemos nos comportar com base nesses exemplos.

É extremamente difícil não se importar com a opinião pública, especialmente quando as críticas vêm de pessoas que gostamos e admiramos.

O ponto aqui é de não tentar fazer esse processo mais difícil, pois sabemos como é muito complicado simplesmente ignorar o que o outro diz. 

Ouvir o que o outro tem a dizer pode ser bastante proveitoso em alguns casos, mas não devemos perder a nossa essência na opinião do outro.

Existem algumas pessoas que conseguem levar as opiniões de terceiros em consideração sem se abalar, procurando usar os feedbacks ao seu favor para se adequar às regras sociais, mas suas autoestimas e autoconfianças não dependem disso.

Como nem todos nós conseguimos ser 100% seguros com nós mesmos, a maior lição que podemos levar para a vida, é de saber filtrar as opiniões, e entender quais devem ser ignoradas e quais podem ser benéficas para o seu desenvolvimento e convivência na sociedade em que estiver inserido.

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