Sumário
Para começarmos esse papo sobre Crenças Limitantes, precisamos refletir juntos sobre algumas coisas.
Somos fruto de nossas experiências. O que vivemos marca o nosso pensamento, a forma como nos comportamos e nos relacionamos conosco e com o mundo.
Ou seja, o que vivemos, nossas histórias, são os elementos que dão forma ao nosso mundo.
Somos o que somos, pois, acreditamos em coisas a partir destas vivências.
E quando as coisas que acreditamos acabam nos limitando?
É dai que vem as Crenças Limitantes.
Por exemplo. Vamos supor uma situação. Em seu trabalho, quando algo não vai como o esperado, você acaba pensando que “não é bom o suficiente” para aquela tarefa, ou aquele cargo, ou aquela empresa.
Esse pensamento é uma crença formada a partir de um acontecimento. A partir deste ponto, você acredita que não é bom o suficiente para realizar aquele trabalho ou estar naquela posição.
Com essa crença em mente, sempre que tiver que realizar aquela função, ou fazer algo do mesmo nível em sua empresa, você se sente inseguro, desanimado, ao ponto de nem mesmo tentar realizar tal coisa.
Com medo de falhar, acaba caindo na armadilha da autossabotagem.
Isso é uma crença limitante, e ela não necessariamente corresponde a realidade.
Nesse caso, você pode ter falhado por uma desatenção, ou qualquer outro motivo, não porque não é ‘bom o suficiente’, mas acaba se conectando automaticamente a este primeiro pensamento quando se refere ao assunto.
Quer outro exemplo? Um relacionamento amoroso não dá certo, por qualquer motivo, e você pensa: “eu não sirvo para namorar”.
Essa crença acaba te limitando a tentar novos relacionamentos, conhecer novas pessoas, viver novas histórias, e claro, não representa a realidade, não existe ninguém que ‘não serve para namorar’.
Quando as crenças te impedem de tentar algo para que sua visão sobre aquilo mude, aquela ideia se perpetua, ‘confirmando’ sua teoria e criando um círculo vicioso.
Entende como as Crenças Limitantes podem nos impedir de ter uma vida mais leve e plena?
Exemplos de Crenças Limitantes que prejudicam relacionamentos
Como vimos nos exemplos acima, podemos perceber que as Crenças Limitantes atuam em diversas áreas de nossa vida, sempre como parceiras do medo e da autossabotagem.
Vamos enumerar algumas delas aqui, as quais atuam diretamente em nossos relacionamentos – e claro, dar dicas de como enfrenta-las e desmenti-las.
Aqueles de quem gosto, não gostam de mim
Essa Crença Limitante nos impede de investir em paixões ou relacionamentos.
Existem várias formas de gostar, e não necessariamente as pessoas se gostam do mesmo modo. Devemos nos permitir gostar das pessoas, só assim encontraremos aquela pessoa que gosta de nós do mesmo modo.
E claro, é preciso se amar primeiro. Se não nos amarmos, não conseguiremos permitir que outros nos amem.
Ninguém nunca vai me amar novamente
Depois da separação, é comum acabarmos caindo nesse tipo de crença limitante.
Terminar uma relação, ser rejeitado por alguém, não quer dizer que aquela situação ou aquela pessoa representa todas as outras. Cada pessoa é uma pessoa, não existe um comportamento padrão. Dê oportunidade ao outro.
E assim como no caso acima, o amor-próprio deve estar em primeiro lugar.
Tem dificuldades com amor-próprio? Tudo bem, temos aqui mesmo um artigo com dicas para desenvolve-lo.
Sempre escolho errado com quem vou me envolver
Pensando assim, muitas pessoas deixam de querer ter um relacionamento pela crença limitante de que, mais uma vez, irão escolher a pessoa errada.
Para superar essa ideia, é importante perceber qual é o padrão usado para a escolha desse parceiro(a) e tomar decisões mais conscientes na busca e na hora dessa escolha.
Pense mais a longo prazo, olhe com carinho pra você mesmo e tente novas estratégias de seleção.
Ninguém me entende
É normal ter opiniões diferentes sobre uma porção de coisas, e opiniões diferentes levam a conflitos e discussões, que resultam invariavelmente em um sentimento de decepção – com o outro e consigo mesmo.
Não acredite que ninguém te entende, apenas dê mais tempo para que a outra pessoa te conheça melhor. Entendimento vem com o tempo.
Eu sou um fracasso devido a minhas falhas
Eu falhei ao escolher meu parceiro, falhei no relacionamento, falhei em demonstrar meus sentimentos. Falhei nisso, naquilo e naquele outro ponto também. Eu sou um fracasso completo e irei falhar em tudo que faço.
Pare com isso. Todo mundo falha, todos são passíveis de falhar. Para reverter esse tipo de crença, é importante bastante foco na autocompaixão.
Eu não Sou bom o suficiente
O exemplo que usamos no começo do texto, mas aqui aplicado a relacionamentos.
Quando pensamos que não estamos no nível ou padrão do outro, quando julgamos que não somos ‘bons o suficiente’, temos que lembrar que não existe essa medida no relacionamento. Não existe “o suficiente“.
Essa crença te impede de tentar viver uma relação, até mesmo pelo medo de tentar e sua teoria ser desmentida.
Sim, a prova que essa crença é falsa, é justamente o medo de enfrentar a limitação e ver que ela não se sustenta. Afinal, você não somente pode ser bom, quanto pode ser o ideal para o outro.
Experimente, desafie sua crença limitante!
Identificou alguma dessas Crenças Limitantes em sua conduta atual perante seus relacionamento?
Estes são apenas alguns exemplos, mas temos centenas de outros.
Seja quais forem os seus, vamos indicar 5 dicas que podem te ajudar a enfrentar tais crenças.
Cinco Dicas para superar Crenças Limitantes
- Reconheça suas Crenças Limitantes e tenha em mente que elas são resultados de experiências do passado, não tendo relação nem com o presente, nem com o futuro.
- Foque em novas experiências e tentativas, não fique remoendo antigas decepções.
- Viva o presente, planeje o futuro, abandone o que já passou.
- Pratique a autocompaixão e reduza a autocobrança excessiva.
- Permita-se viver o amor.
Ufa! Para encerrar, indicamos o canal da psicóloga Camila Ragazini, criadora do método Descrençar, que tem tudo a ver com tudo o que falamos aqui hoje.
Confira abaixo um vídeo onde ela fala sobre relacionamento amoroso e Crenças Limitantes:
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