Sumário
Sejamos sinceros: nem sempre demonstramos o que estamos realmente sentindo.
Por diversos motivos, por nós ou pelo próximo, o fato é que deixamos muitas vezes nossas Emoções Reprimidas.
As emoções fazem parte de quem somos. No entanto, muitos de nós não sabemos lidar corretamente com as emoções que julgamos negativas.
E que emoções são essas? Raiva, frustração, tristeza, medo, desapontamento etc.
Quando elas se apresentam, muitos tentam esconder, na intenção de não sofrerem ou não se exporem tanto.
Já falamos aqui na revista sobre os benefícios do silêncio, mas nesse caso é o oposto. Não falar, não expressar o que sentimos, só nos traz malefícios e atrapalha nosso bem-estar.
O que são Emoções Reprimidas?
Temos a tendência de evitar e esconder sentimentos desagradáveis. É uma forma de nos preservarmos e nos afastarmos dos sentimentos que julgamos ruins.
A repressão geralmente se refere a isso.
Você inconscientemente empurra sentimentos, pensamentos ou memórias dolorosas para fora de sua consciência para assim tentar os esquecer.
Os motivos para isso são diversos, e passam pela falta de espaço e acolhimento para a expressão de emoções, famílias disfuncionais ou mesmo defesas naturais da nossa mente que busca sempre a sensação de bem-estar.
Reprimimos sentimentos e nossa própria vontade, evitamos tocar no assunto, desconversamos com um banal “tá tudo bem”, e tudo isso somente para fugir daquele ambiente doloroso.
As experiências traumáticas da infância também podem resultar em repressão emocional.
Uma criança cujas necessidades foram ignoradas, invalidadas ou negligenciadas, ou que foi criticada ou punida por expressar sentimentos, pode reprimir suas emoções na idade adulta.
Não importa em qual fase da vida estamos, quando reprimimos emoções, elas não são processadas, mas ainda podem nos afetar negativamente.
É importante saber que aquela emoção não foi embora, ela apenas foi reprimida. Não foi exposta em momento devido, mas segue internamente conosco, se tornando algo inconsciente ou parcialmente consciente.
De todo modo, o trauma, a causa, ainda afeta a pessoa, e pode causar problemas.
Como as Emoções Reprimidas nos afetam?
Emoções Reprimidas podem estar associadas a sentimentos e atitudes como:
- Negação de sentimentos;
- Falta de comunicação e conexão com pessoas;
- Evita o toque e intimidades;
- Estresse;
- Desconfiança;
- Depressão;
- Ansiedade.
Além destas ações psicológicas, essas emoções podem agir também no corpo físico, desencadeando problemas como:
- Pressão alta;
- Mudanças no apetite;
- Problemas digestivos;
- Fadiga e insônia;
- Tensão e dor nos músculos.
Essa pesquisa de 2019 inclusive, faz a relação entre a repressão emocional à diminuição da função do nosso sistema imunológico, o que influencia nossa saúde na totalidade.
Como perceber se reprimo minhas emoções?
Como falamos no começo do texto, muitas vezes reprimimos nossas emoções, e isso, é algo comum para muitos de nós.
Porém, existem alguns padrões de pensamento que indicam que estamos fazendo isso sistematicamente, reprimindo e acumulando tudo o que nos parece negativo.
Isso ocorre, por exemplo, quando acreditamos que emoções negativas são algo ruim, um tipo de fraqueza ou algo que devemos ter vergonha por sentir.
Acontece também quando ignoramos e afastamos pensamentos e emoções negativas buscando comportamentos entorpecentes e de fuga – como beber, usar substâncias psicoativas, comer ou trabalhar em excesso.
Também enxergamos um padrão, quando na relação com o outro, não gostamos que nos perguntem como estamos nos sentindo e buscamos sempre uma postura positiva sem expressar emoções negativas perante qualquer situação.
Ainda nessa relação com o próximo, acontece quando você luta contra a intimidade emocional ou em aprofundar as amizades.
Esses e outros padrões comportamentais são alguns alertas importantes para você refletir sobre seu comportamento e perceber se está reprimindo emoções.
Como liberar e acolher Emoções Reprimidas?
É importante entender que está tudo bem sentir e expressar essas emoções.
Não tem problema nenhum chorar, ficar nervoso, triste, etc. E é importante que você e o próximo tenham consciência disso. Você pode liberar e acolher essas emoções, pois elas fazem parte do nosso ser.
Um suporte profissional, como um terapeuta, pode ser um primeiro passo para te ajudar a compreender o que sente, como gerenciar isso e como se comunicar melhor com esses sentimentos.
Por conta própria, você pode experimentar alguns exercícios contínuos, de forma gradual.
Primeiro sozinho, expressando para si mesmo o que está sentindo de forma clara (“Eu estou triste com isso” ou “Estou com raiva daquilo”).
Depois, evoluindo no processo, se expressando desta forma para alguém que você confia, sempre se assumindo como protagonista deste sentimento, incluindo-se no pensamento e no que é dito (“Eu estou sentindo…”).
Abandone qualquer tipo e julgamento. Não se culpe pelo seu sentimento, nem tenha vergonha de demonstrar, ao invés disso, tente compreender o motivo de estar sentindo aquilo.
Por fim, faça isso em momentos de conflito, incentivando que o outro também o faça. A cumplicidade é uma grande aliada nesse processo de acolhimento de si e do próximo.
Outro caminho para esse processo de liberação de Emoções Reprimidas, é a EFT (Emocional Freedom Techniques ), ou Técnica de Libertação Emocional, uma técnica que utiliza as pontas dos dedos e os pontos da acupuntura.
Confira abaixo o vídeo do físico quântico e terapeuta Cleiton Alves, que fala especificamente sobre esse tema:
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