Sumário
Você já refletiu sobre como a vida é breve e efêmera? Há quanto tempo você vem ignorando o fato de que todos nós um dia iremos morrer? Refletiu sobre como o momento presente é importante, perante a incerteza de um amanhã? Como você aproveita seus dias sabendo que a qualquer momento eles podem simplesmente acabar?
São muitas reflexões possíveis quando falamos sobre o Memento Mori. Esta pequena frase em latim, popular na antiga filosofia do estoicismo, pode ser o começo para muitas novas perspectivas de vida.
Neste artigo vamos falar apresentar melhor essa ideia do Memento Mori para quem ainda não está familiarizado, e também faremos reflexões sobre como este conceito filosófico pode ser um agente inspirador para uma nova forma de encararmos a vida.
Avisamos a todos que este conteúdo pode ser sensível a algumas pessoas, portanto é importante que você prossiga somente se assuntos como morte e finitude não lhe causa nenhum tipo de gatilho, ok?
Isto dito, podemos seguir com nosso artigo.
O que é Memento Mori?
Memento Mori é uma expressão em latim que significa “Lembre-se de que você é mortal“, um conceito atemporal que nos encoraja a alinhar nossas vidas com nossos valores mais profundos.
A origem desse conceito remonta à Roma Antiga, onde era comum a prática de ter escravos ou servos que acompanhavam generais vitoriosos em desfiles triunfais. Esses servos tinham a tarefa de lembrar ao general, durante o desfile, da natureza efêmera da glória e do poder.
Geralmente, esse lembrete era feito por meio de frases como “Respice post te! Hominem te memento!” (“Olhe para trás! Lembre-se de que é humano!”). Essa prática tinha o propósito de impedir que o general ficasse excessivamente orgulhoso e arrogante de suas conquistas, lembrando-o de sua própria mortalidade e da inevitabilidade da passagem do tempo.
Com o passar dos anos, o conceito de Memento Mori se espalhou para diversas culturas e contextos, sendo incorporado na filosofia, arte e religião.
Hoje em dia, Memento Mori é considerado um lembrete da impermanência da vida e é frequentemente usado como uma filosofia para encorajar as pessoas a apreciar o presente, buscar significado e viver uma vida autêntica.
A ideia é que, quando contemplamos a inevitabilidade da morte, somos convidados a questionar e refletir o como vivemos nossos dias, o que valorizamos e como tratamos os outros.
Por mais que esta pareça uma reflexão triste, ela pode ser encarada como uma forma de apreciação e gratidão pelo que somos, o que vivemos e onde estamos. Além de ser um incentivo a abraçar cada momento que temos, aproveitando tudo ao máximo.
Como o Memento Mori pode nos inspirar?
A partir do momento que temos consciência de nossa finitude, de que nada é para sempre, aprendemos a dar muito mais valor e a aproveitar muito mais o que temos.
Adotando o Memento Mori como uma filosofia de vida, podemos encontrar inspiração nas coisas simples e cotidianas. Apreciar um pôr do sol, compartilhar risadas com amigos, dar um passeio na natureza – tudo isso se torna mais especial e significativo quando lembramos da fugacidade da vida.
Muitas pessoas sabem que a morte é uma certeza, mas passam boa parte – ou mesmo uma vida inteira – ignorando esse fato.
É claro, algumas pessoas não lidam bem com o assunto, algumas até mesmo entram em pânico, mas há outros olhares possíveis sobre a morte.
Muitos caminhos espirituais ajudam na ressignificação da finitude, mas o que propomos é a ressignificação da vida. Um olhar que enxergue o quanto a nossa vida é preciosa, e como devemos nos sentir inspirados para buscar nossos sonhos e sermos mais autênticos.
Por falar em autenticidade, fizemos um conteúdo sobre esse tema aqui, que dialoga diretamente com o Memento Mori, pois ele nos lembra de que não há tempo a perder para viver a vida que desejamos e sermos quem somos.
Por fim, o Memento Mori é um gentil lembrete de como devemos valorizar e celebrar o agora – que afinal, é tudo o que temos.
Para enriquecer nossa reflexão, trazemos abaixo um vídeo do empreendedor e educador de filosofia estoica, Marcos Polo, falando sobre Memento Mori no Lutz Podcast.
Por falar em estoicismo, vale dizer que temos um conteúdo interessante aqui na revista onde falamos sobre a relação entre estoicismo e autoconhecimento, não deixe de dar uma passada por lá.
Confira o vídeo a seguir, e mantenha em mente que, a vida é finita, não podemos fugir da mortalidade, mas ela pode nos inspirar a viver melhor, a viver o presente, focando no que é realmente essencial.
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