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Fome Emocional vs. Fome Real: como saber qual você está sentindo?

Publicado em: maio 10, 2024 | Por: Meu Retiro

Sumário

A comida é muito mais do que simples combustível para o corpo; ela traz conforto e está profundamente ligada às nossas memórias e emoções.

Desde a sopa quente que nos aquece em um dia frio, aquela comida regional, e até o bolo de aniversário que celebra mais um ano de vida, é natural associarmos alimentos a momentos especiais. Essa relação entre comida e emoção é normal e, em si, não é problemática.

Porém, problemas surgem quando usamos a comida como uma forma de recompensa ou para consolar nossas emoções. Nesse caso, nossa relação com a comida pode se tornar prejudicial.

Neste artigo, vamos explorar esse fenômeno chamado Fome Emocional, para ajudar você a reconhecê-la e diferenciá-la da fome real, que é a necessidade física de alimentar-se.

Embora a Fome Emocional e a fome real possam parecer semelhantes, elas têm origens e formas de manejo muito diferentes. Entender essas diferenças é crucial para manter uma relação saudável tanto com a comida quanto consigo mesmo.

Vamos entender mais sobre esses dois tipos de fome a partir de agora.

 

O que é Fome Emocional?

A Fome Emocional é desencadeada por sentimentos, não por uma necessidade física de comer. Ela surge repentinamente e é geralmente direcionada a um tipo específico de alimento, como algo doce ou extremamente saboroso.

Diferente da fome física, que aumenta gradualmente, a Fome Emocional é urgente e insistente. Ela está frequentemente ligada ao desejo de conforto ou uma recompensa emocional, não à necessidade de nutrição.

Características da Fome Emocional:

  • Surgimento Súbito: Aparece abruptamente e exige satisfação imediata.
  • Desejos Específicos: Geralmente, deseja-se alimentos “confortáveis” ou “prêmios”, como chocolate, batatas fritas ou outros snacks.
  • Acompanha Emoções: Frequentemente aparece durante momentos de estresse, tristeza, solidão, tédio ou frustração.
  • Não Satisfaz: Comer não traz uma sensação de satisfação plena; pode-se continuar comendo mesmo depois de cheio.
  • Culpa Associada: Sentimentos de culpa ou vergonha seguem frequentemente o ato de comer.

 

O que é Fome Real?

A fome real, ou fome física, é o corpo comunicando sua necessidade genuína por energia. Ela se desenvolve lentamente e qualquer tipo de alimento é suficiente para satisfazê-la, não apenas aqueles ricos em açúcar ou gordura. Após comer, a sensação é de satisfação e conforto.

Características da Fome Física:

  • Desenvolvimento Gradual: A intensidade da fome aumenta com o tempo.
  • Flexibilidade Alimentar: Não há necessidade específica por um tipo de alimento; qualquer comida saudável satisfaz.
  • Sem Culpa: Comer em resposta à fome física não provoca sentimentos negativos.
  • Sensação de Satisfação: Sentir-se saciado é um claro indicativo de que o corpo recebeu o que precisava.

 

Fome Emocional

Fonte: Envato Elements | Crédito: ADDICTIVE_STOCK

Como Diferenciar e Lidar com a Fome Emocional

O primeiro passo para romper o ciclo do comer emocional é identificar qual tipo de fome você está experimentando. Faça a si mesmo a seguinte pergunta: “Estou comendo porque estou realmente com fome, ou estou tentando aliviar algo que estou sentindo?”.

Questionar-se é um ótimo começo para trazer a consciência para o ato de comer. Na próxima vez que se flagrar comendo compulsivamente, sem sentir uma fome genuína, faça uma pausa e avalie suas emoções.

Se você perceber que a fome é emocional, em vez de recorrer à comida, experimente alternativas saudáveis para processar seus sentimentos. Atividades como fazer uma caminhada, escrever em um diário ou praticar meditação podem não apenas ajudar a entender e honrar suas emoções, mas também a lidar com elas de forma mais saudável.

Adiar a refeição por alguns minutos também pode ser uma estratégia eficaz para determinar se a fome é emocional ou física. A fome física tende a persistir ou aumentar com o tempo, enquanto a Fome Emocional pode diminuir ou até desaparecer.

Identificar quando e por que você recorre à alimentação emocional envolve um exame consciente de suas emoções: Você está triste, deprimido, ansioso, entediado ou estressado? Se você costuma se dirigir à geladeira nessas situações, é provável que não esteja realmente com fome.

Reconhecer esses padrões é crucial para interromper o ciclo do comer emocional e distinguir a Fome Emocional e a fome real.

 

Mindful Eating: uma opção de cura para a fome emocional

Já temos um artigo bem completo aqui na revista Meu Retiro falando sobre mindful eating, mas pra quem nunca ouviu falar na expressão, mindful eating é simplesmente comer com atenção plena, estar atento ao que comemos e prestar atenção às sensações reais que experimentamos enquanto comemos, sem distrações.

Essa prática nos ajuda a desacelerar e realmente aproveitar a comida, o que, por sua vez, nos ajuda a ficar mais atentos a quando e quanto realmente precisamos comer.

Confira abaixo um video da jornalista e escritora Daiana Garbin, do Canal Eu Vejo Você, falando com a nutricionista Ana Carolina Costa sobre o que é o mindful eating:

 

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