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Existem coisas que fazemos, que nos faz sentir bem, mas nem imaginamos o quanto elas são importantes. Esse é o caso do Grounding, também conhecido por Earthing, que nada mais é do que caminhar descalço na grama, na terra ou na areia da praia.
Sabemos que é agradável e reconfortante caminhar descalço, e o quanto isso cria uma conexão mais especial e direta com a natureza, mas é muito mais do que isso.
Neste artigo vamos nos aprofundar nesta prática, e conhecer um pouco mais sobre os benefícios que o Grounding, ou ‘aterramento’ em português, pode nos proporcionar.
Por que devemos nos descalçar?
Como você se sente ao caminhar descalça? Você gosta da sensação? Poucas são as pessoas que não gostam de andar sem sapatos.
Sabemos da importância de estarmos calçados em nosso dia-a-dia, a proteção que os sapatos nos proporcionam em todo tipo de situação.
Também temos consciência do quanto a nossa sociedade nos orienta a mantermos os pés calçados na maioria dos ambientes, mas quando conseguimos estar em um local longe do asfalto e do concreto que dominam as superfícies externas, descalçar-se é irresistível. E saiba que de fato há benefícios em andar descalço na grama, na areia e na terra natural.
A prática do aterramento existe em certas comunidades há gerações, mesmo que não tenha o nome de Grounding ou outro parecido,
A explicação para isso já foi tema de alguns livros, sendo o mais famoso deles o “Earthing: The Most Important Health Discovery Ever!” (“Aterramento: a descoberta de saúde mais importante de todos os tempos”, em tradução livre), dos autores Clinton Ober, Stephen T. Sinatra e Martin Zucker.
O que este livro e outras fontes de pesquisa afirmam é que caminhar com os pés no chão alivia a inflamação por trás de doenças como diabetes, asma, Alzheimer, artrite e algumas doenças cardíacas.
Também melhora a qualidade do sono, reduz as dores musculares, melhora o humor, aumenta os níveis de energia e tem um efeito benéfico no estresse. Equilibra o cortisol (hormônio do estresse), fortalece o sistema imunológico e estimula o sistema nervoso parassimpático.
E por que isso acontece?
Os defensores do aterramento dizem que somos formados por frequências, seres elétricos que emitem e captam ondas de energia, e que por isso devemos manter nossos íons equilibrados para mantermos a boa saúde e o bem-estar.
O fato da sociedade moderna ter perdido esta ligação direta com a terra teria contribuído justamente para o aumento da prevalência de certas condições e doenças crônicas.
Isso acontece, pois, quando nos afastamos da natureza e recebemos altas doses de poluição, nos fechamos em ambientes com pouca ou nenhuma ventilação natural, ficamos grudados a itens eletrônicos como celulares, computadores etc, nossos íons se desregulam.
Quando praticamos o Grounding na natureza, tocamos a terra que está carregada de elétrons, os quais são absorvidos pelos pés descalços quando caminhamos, e seu poderoso efeito antioxidante é aproveitado por nós.
Com esse caminhar nos recarregamos de íons negativos, que são alcalinos e muito positivos para a saúde do nosso corpo.
Existem pesquisas científicas que confirmam essa boa influência do Grounding para o nosso bem-estar, como esta aqui, que concluiu que se conectar ao solo com os pés descalços pode causar mudanças quase instantâneas no corpo, que por sua vez podem reduzir dores, diminuir o estresse e melhorar o sono.
Vale registrar ainda que o Grounding é uma prática acessível a todos, independentemente da idade, nível de condicionamento físico, peso corporal, situação de renda, etc, além de ser uma forma natural de autocuidado.
Como praticar o Grounding
Praticar o Grounding é tão simples quanto parece, é simplesmente caminhar descalço na natureza, colocando os pés em contato com a terra.
Mas claro, há algumas dicas importantes para que essa prática seja ainda mais prazerosa e funcional:
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A caminhada descalça pode ser curta, porém quanto mais assídua for sua prática, melhor. Uma caminhada diária de cerca de 15 a 30 minutos é o ideal, mas trabalhe dentro das suas possibilidades. Comece com cinco minutos de caminhada, não tenha pressa de evoluir.
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Prefira o úmido em vez de seco. O solo úmido e a grama são preferíveis porque a água ajuda a conduzir “elétrons instáveis” do seu corpo para a terra, aumentando os benefícios potenciais do aterramento.
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Como é de se imaginar, se após a caminhada puder dar um mergulho no mar, tudo seria ainda melhor, pois além dos íons negativos, há os benefícios da água, do iodo e dos raios solares.
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Procure uma área limpa para realizar o Grounding. Em uma área suja pode haver uma troca não apenas de elétrons em energia, mas também de possíveis fontes de doenças. Prefira sempre o chão fresco da floresta, a praia arenosa ou a grama úmido.
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Cuide dos seus pés. Se você tiver feridas abertas ou algum tipo de machucado, elas podem ser portas de entrada para bactérias, fungos e parasitas na Terra. Se tiver algum tipo de ferida assim, aguarde até que seus ferimentos cicatrizarem para aproveitar os benefícios do Grounding com segurança.
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Já pensou em ampliar os benefícios do seu aterramento? Que tal juntar o Grounding com o Shinrin Yoku, o banho de floresta? Ou que tal experimentar com uma meditação mindfulness?
Para se aprofundar no Grounding
Existe um documentário longa-metragem de 2019 intitulado “The Earthing Movie: The Remarkable Science of Grounding” (“O Filme do Aterramento: A Notável Ciência do Grounding“, em tradução livre), com mais de seis milhões de visualizações, que vai bem fundo no assunto. Clique abaixo para assistir, e lembre-se de habilitar as legendas antes de começar a assistir.
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