Sumário
É comum encontrarmos pessoas que seguem sua Intuição, que usam desse artifício para tomar as melhores escolhas e decisões. Mas poucas são as pessoas que sabem como definir ou explicar o que é a Intuição.
O dicionário Michaelis, por exemplo, apresenta três leituras diferentes sobre o que é Intuição: uma baseada na filosofia, uma baseada na psicologia, e uma com base na teologia.
Realmente, a Intuição é algo complexo de se colocar em palavras com exatidão, mas vamos tentar:
A Intuição é a nossa capacidade de saber o que vai acontecer antes que realmente aconteça, sem nenhum dado concreto sobre isso, apenas a certeza da suposição.
Ela não trabalha através da lógica, é baseada em conhecimentos profundos e padrões de pensamento, porém é quase instintiva, já que é quase impossível explicar o motivo ou a construção de ideias que nos levaram àquela decisão, que aparentemente, simplesmente surge.
Mas será que não há uma explicação científica sobre o que é a Intuição? É o que veremos a seguir.
Créditos: LightFieldStudios | Fonte: Envato Elements
O que é Intuição, afinal?
Existem muitos estudos na psicologia que procuram explicar a formação da Intuição, mas ainda não existem meios de se compreender de fato como acontecem os processos de pensamento no cérebro, para podermos então termos um veredito de como ela se forma.
Apesar dessa dificuldade e de algumas pessoas pensarem na Intuição como algo espiritual, alguns cientistas estudam o fenômeno pelos olhos da lógica e da ciência.
Muitos estudiosos defendem a teoria de processo duplo, onde nossos processos de tomada de decisão são divididos em dois: os intuitivos e os analíticos.
A tomada de decisão analítica é quando racionalizamos sobre a situação e, baseado no pensamento consciente, fazemos uma escolha.
Já os intuitivos vem do uso de conhecimentos não explícitos e sinais internos para tomada de decisões.
É quando, sem esforço algum, temos a sensação de que há algo errado ou diferente em alguma situação, e sem deliberação consciente fazemos uma escolha de forma tão rápida, que não deixa registros. É sobre saber, sem saber como se sabe.
Uma das explicações mais plausíveis sobre o funcionamento dessa Intuição, é que nosso cérebro analisa probabilidades e padrões de ações e de resultados, antes mesmo que nossa mente consciente tenha tempo de reconhecê-las.
É uma forma de aprendizado inconsciente, uma inteligência adquirida através da experiência pessoal e usada automaticamente por nós.
A partir desse aprendizado, recebemos essa “dica” que chamamos de Intuição, Intuição feminina, palpite, sexto sentido etc, que nos orienta a fazer a melhor dentre as escolhas.
Ou seja, o nosso cérebro reúne o máximo de informações possíveis de todas as nossas experiências e aprendizados, para na hora de tomar alguma decisão, inconscientemente ele consultar esses dados e nos oferecer a previsão rápida de qual seria a melhor escolha.
Como falamos acima, por mais que a Intuição pareça algo sobrenatural, é, na verdade, uma extensão de como sua memória e sistemas cognitivos normalmente funcionam – uma habilidade mental fortemente afetada por sua experiência de vida.
Inclusive, se você quiser saber mais sobre o poder da nossa memória, sugerimos que confira o belíssimo documentário “Alive Inside”, filme sobre o qual já fizemos uma resenha aqui.
Créditos: Voronaman111 | Fonte: Envato Elements
E por que devemos confiar nela?
Essencialmente, temos em nossa mente os processos intuitivos e os analíticos, o que naturalmente nos divide entre instinto e razão. Porém, ambos vem de uma mesma fonte: a nossa mente.
Então, o que exatamente é a Intuição? É a capacidade de saber algo sem raciocínio analítico, fazendo a ponte entre as partes conscientes e não conscientes de nossa mente.
Se você confia em sua capacidade analítica, por que não confiaria então na sua Intuição?
Existem situações onde confiar na sua Intuição pode ser a escolha mais certa.
Por exemplo, quando é relacionada a sua própria segurança, a sua saúde, e as suas relações com outras pessoas.
Nos três casos, o que se coloca a frente é nosso instinto – de preservação, de vida, de segurança. E o que é o instinto senão uma versão menos refinada da Intuição?
O instinto é um componente chave da Intuição, e dar ouvidos a ele, também é ouvir a sua Intuição.
Portanto, se a sua Intuição (instinto) te indica algo, é sempre na intenção de te proteger e preservar, é a indicação da melhor escolha a ser feita. E a prova de que isso dá certo, é que nós, humanidade, evoluímos e estamos vivos até hoje.
Sabe quem acha que devemos confiar na nossa Intuição? A monja Coen Roshi.
Neste vídeo abaixo, do canal Inspire Fundo, a monja traz uma reflexão sobre a nossa voz interior e o uso da razão para utilizá-la com sabedoria.
Agora, após assistir ao vídeo e ler todo esse conteúdo, propomos a seguinte reflexão: será que não foi a sua Intuição que fez você, entre tantas opções, clicar neste link e vir ler esse conteúdo? E, se foi, por que será?
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