Sumário
Depressão e ansiedade são transtornos de saúde mental que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, com mulheres relatando taxas significativamente mais altas dessas condições em comparação aos homens.
Em 2023, a Ipsos realizou um Mapeamento de Saúde com uma amostra representativa da população conectada, formada por 1.062 pessoas de todas as regiões do Brasil, e o resultado mostra como o gênero feminino é o que mais sofre com a saúde mental. Na pesquisa, as mulheres são a maioria quando as perguntas feitas envolvem algum transtorno mental, como ansiedade (64%), depressão (67%), TDAH (65%), TOC (61%) e burnout (75%).
Esta é apenas uma das pesquisas que indica que a hipótese de que Mulheres Sofrem Mais de depressão e ansiedade, é uma realidade.
E entender por que Mulheres Sofrem Mais é crucial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes.
Este artigo explora os fatores biológicos, psicológicos e socioeconômicos que contribuem para esta discrepância, ajudando você a compreender melhor os motivos pelos quais Mulheres Sofrem Mais de depressão e ansiedade do que homens.
Vamos aos fatores?
Por que Mulheres Sofrem Mais de depressão e ansiedade?
Abaixo, dividimos em blocos uma série de fatores que têm relação direta com o porquê de as Mulheres Sofrem Mais de depressão e ansiedade.
Fatores Biológicos
- Hormônios: Mudanças hormonais significativas ocorrem na vida de uma mulher, especialmente durante períodos como a puberdade, menstruação, gravidez, pós-parto e menopausa. Essas flutuações podem afetar o humor e são frequentemente associadas a um aumento do risco de depressão e ansiedade. Por exemplo, transtornos como a depressão pós-parto são específicos das mulheres e diretamente ligados às grandes alterações hormonais que ocorrem após o nascimento de um filho.
- Genética: Pesquisas sugerem que mulheres podem ter uma predisposição genética maior para desenvolver transtornos de humor. Estudos de gêmeos e famílias indicam que mulheres têm maior probabilidade de herdar genes associados à depressão e ansiedade.
Fatores Psicológicos
- Processamento Emocional: Estudos mostram que mulheres tendem a ruminar mais sobre pensamentos negativos, uma tendência que está fortemente ligada à depressão e à ansiedade. Além disso, a maneira como mulheres e homens são encorajados a processar e expressar emoções difere culturalmente, o que pode afetar a maneira como lidam com o estresse e a adversidade.
- Estresse Psicossocial: Mulheres frequentemente enfrentam pressões únicas relacionadas aos papéis de gênero, como as expectativas de cuidar da família e do lar, mesmo enquanto equilibram responsabilidades profissionais. Essa carga dupla pode aumentar os níveis de estresse e contribuir para taxas mais altas de depressão e ansiedade.
Fatores Socioeconômicos
- Violência e Abuso: Mulheres têm maior probabilidade de serem vítimas de violência doméstica e abuso sexual, experiências que podem levar a transtornos de saúde mental a longo prazo. A exposição a tais traumas está fortemente ligada ao desenvolvimento de depressão e ansiedade.
- Desigualdade Econômica: As mulheres muitas vezes enfrentam desigualdades no local de trabalho, incluindo salários mais baixos e menor progressão na carreira, comparado aos homens. A instabilidade financeira e a preocupação constante com questões econômicas são fatores de risco conhecidos para depressão e ansiedade.
- Discriminação e Estigma Social: Estigma e discriminação baseados no gênero podem perpetuar sentimentos de baixa autoestima e impotência, que são comuns em pessoas com depressão e ansiedade. Mulheres de grupos minoritários podem enfrentar camadas adicionais de discriminação que também impactam sua saúde mental.
As diferenças nas taxas de depressão e ansiedade entre homens e mulheres são influenciadas por uma complexa interação de fatores biológicos, psicológicos e socioeconômicos. Reconhecer essas diferenças é fundamental para desenvolver estratégias de apoio e intervenções que sejam culturalmente e contextualmente sensíveis às necessidades específicas das mulheres. Investir em pesquisa adicional, educação em saúde mental e recursos de apoio pode ajudar a mitigar esses riscos e promover uma sociedade mais saudável e igualitária.
E como as mulheres podem se cuidar?
Após entender os múltiplos fatores que contribuem para maiores taxas de depressão e ansiedade entre mulheres, é crucial discutir estratégias eficazes para que mulheres possam cuidar de sua saúde mental. Meditação, terapias integrativas, a prática da compaixão e o cultivo do amor próprio são algumas abordagens poderosas que podem ajudar a mitigar esses transtornos e promover um bem-estar mais duradouro.
Meditação e Mindfulness
A meditação e a prática de Mindfulness são ferramentas valiosas para gerenciar o estresse e reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Estas práticas ajudam a centrar a mente, reduzir a ruminação e melhorar a regulação emocional.
Saiba mais sobre meditação neste nosso artigo, e mais sobre Mindfulness, neste outro conteúdo aqui.
Terapias Integrativas
Terapias integrativas, que combinam métodos convencionais e alternativos de tratamento, podem ser especialmente benéficas. Técnicas como acupuntura, yoga, massoterapia e aromaterapia não apenas proporcionam relaxamento, mas também ajudam no tratamento dos sintomas físicos e emocionais da depressão e ansiedade. Estas práticas podem ser integradas ao lado de tratamentos psicológicos e farmacológicos, oferecendo uma abordagem holística à saúde mental.
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Compaixão e Apoio Social
Desenvolver uma comunidade de apoio e cultivar relações baseadas em compreensão e empatia é fundamental. Grupos de apoio, tanto online quanto presenciais, podem fornecer um espaço seguro para compartilhar experiências e estratégias. Além disso, praticar a autocompaixão pode ser um passo transformador. Isso envolve tratar a si mesma com a mesma gentileza e cuidado que você ofereceria a um amigo querido, reconhecendo que perfeição não é o objetivo e que todos enfrentam desafios.
Leia mais sobre compaixão neste nosso artigo especial.
Amor Próprio e Autocuidado
Cultivar o amor próprio é essencial. Isso pode começar com hábitos simples de autocuidado, como manter uma dieta nutritiva, garantir sono adequado e reservar tempo para atividades que trazem alegria. Reconhecer e celebrar as próprias conquistas, estabelecer limites saudáveis e aprender a dizer não também são práticas importantes de amor próprio que podem fortalecer a saúde mental.
Pegue aqui algumas dicas de como desenvolver o amor-próprio, e aqui dicas de autocuidado.
Educação e Conscientização
Finalmente, educar-se sobre saúde mental e estar ciente dos próprios sinais de estresse e ansiedade pode capacitar as mulheres a procurar ajuda mais cedo. Conhecer os recursos disponíveis, seja terapia tradicional, aconselhamento ou grupos de apoio, permite uma ação rápida e eficaz diante dos primeiros sinais de desequilíbrio emocional.
Concluindo…
Embora as mulheres possam ser mais vulneráveis a certos desafios de saúde mental devido a fatores biológicos, psicológicos e socioeconômicos, há muitas estratégias poderosas que podem ajudar a mitigar esses riscos.
Incorporar práticas como meditação, terapias integrativas, compaixão e amor próprio em suas rotinas pode não apenas aliviar os sintomas de depressão e ansiedade, mas também melhorar a qualidade de vida como um todo. Priorizar a saúde mental é crucial para o empoderamento feminino e para a promoção de uma vida mais feliz e saudável.
Encerramos esse conteúdo com o vídeo da psicóloga Prof.ª M.ª Michela da Rocha Io falando um pouco mais sobre a saúde mental da mulher, no canal Universo Unidavi.
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