Sumário
“Sem a música, a vida seria um erro”
Friedrich Nietzsche
Sim, a música faz parte da vida da maioria das pessoas e, é um ingrediente muito importante para maioria delas.
Ela pode ser uma distração para a mente, pode mudar os ritmos do corpo, alterar nosso humor e influenciar nosso comportamento.
Portanto, ela facilmente poderia também ser a matéria-prima da sua terapia, certo?
Pois a musicoterapia é justamente sobre isso, e é nosso tema de hoje aqui na Revista Meu Retiro.
O Que é Musicoterapia?
A musicoterapia é uma prática e profissão de saúde baseada em pesquisa, onde a música é usada para atender às necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de um grupo ou indivíduo.
Ela é um tipo de terapia que atende pessoas de todas as idades e pode ajuda-las a administrar sua saúde física, mental e a melhorar sua qualidade de vida com uma variedade de atividades, como ouvir melodias, tocar um instrumento, escrever músicas e criar imagens guiadas.
Musicoterapeutas qualificados planejam e fornecem experiências musicais para seus clientes, onde cada sessão é adaptada às necessidades e objetivos específicos.
Esses terapeutas costumam trabalhar com pessoas que sofrem de problemas de saúde emocional, como tristeza, ansiedade e depressão, além de também ajudar pessoas em processos de reabilitação.
Indivíduos que passaram por um acidente vascular cerebral, um traumatismo cranioencefálico ou com doenças crônicas como Parkinson ou doença de Alzheimer, podem se beneficiar da musicoterapia.
Mas ela ainda atende uma variedade ainda maior de situações, como veremos a seguir.
Quais os Benefícios da Musicoterapia?
A musicoterapia pode ajudá-lo psicologicamente, emocionalmente, fisicamente, espiritualmente, cognitivamente e socialmente.
Psicologicamente, ela é benéfica nos seguintes pontos:
- Redução da ansiedade ou estresse;
- Ajuda na recuperação de perda de memória;
- Combate a desmotivação;
- Regula o humor e os níveis de energia;
- Controle da raiva e frustração;
- Suporte no tratamento de esquizofrenia, autismo e demência;
- Combate a insônia;
- Auxilia com problemas de personalidade ou de cunho emocional;
Além disso, ela melhora o funcionamento cognitivo, social, emocional e motor.
Têm resultados positivos entre indivíduos com dificuldades intelectuais e lesões cerebrais.
Melhora a comunicação verbal e não verbal, a função física da fala, as habilidades de comunicação e a interação social.
Também tem sido usada no tratamento de doenças como câncer, tensão muscular, dores (como as dores do parto) e hipertensão.
Origens da Musicoterapia
A música faz parte da vida humana há milhares de anos, mas referências sobre o uso de música com finalidade terapêutica nos leva a um marco zero, que é o artigo na Revista Columbian de 1789 chamado “Música Considerada Fisicamente“.
Na história recente, o uso terapêutico da música teve grande destaque no Departamento de Guerra dos Estados Unidos.
Durante as duas Grandes Guerras, o uso de música durante os tratamentos apresentou índices positivos e notáveis entre os militares que se recuperavam em hospitais do Exército.
A partir da década de 40, a musicoterapia se popularizou e hoje é encontrada em consultórios médicos, escolas e clinicas de todo o mundo, atendendo de crianças a idosos.
Qual a Diferença Entre a Musicoterapia e Uma Aula de Música?
A diferença entre a musicoterapia e aulas de música é que o objetivo da musicoterapia não é musical, não é para melhorar suas habilidades com algum instrumento musical, ou que irá te ensinar a ouvir música de uma maneira diferente.
As experiências musicais são usadas para atingir objetivos não musicais.
Por exemplo, usa-se um instrumento musical para motivar as pessoas a usar os dedos – este sim, o objetivo principal, ou a coloca para ouvir algo no intuito de compreender sua resposta emocional e física à aquele estímulo.
Então Como é Uma Sessão de Musicoterapia.
As sessões são projetadas com uma série de fatores em mente, incluindo a saúde física do cliente, suas habilidades de comunicação e cognitivas, seu bem-estar emocional e interesses.
Após pesar esses fatores junto aos objetivos do tratamento, o terapeuta decide qual o processo irá empregar no tratamento, se criativo ou receptivo, ou mesmo ambos combinados.
No processo criativo, como o nome indica, há criação ou produção ativa de música.
Mas calma, não se preocupe, não é preciso ser músico ou mesmo tocar instrumentos para isso.
A ideia é envolver-se com a produção de música, com a composição e improvisação em cima de sons musicais, mas sem se preocupar com o resultado musical.
Por exemplo, pode ser cantando pequenos trechos de letras de música ou melodias, com o intuito de melhorar a fala e a comunicação de alguém que sofreu um derrame.
Ou mesmo tocando melodias simples em um piano, ou batucando em uma bateria, ou tambor, para quem busca reabilitação motora, por exemplo.
Já no processo receptivo, o terapeuta oferece experiências de escuta musical, usando a música como guia para o relaxamento físico e mental, como base de discussão de sensações, e tantas outras atividades com o receptor.
É importante lembrar que para maximizar os benefícios da sua musicoterapia, o tratamento pode ser desenvolvido ainda junto a outros profissionais da saúde, tais como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras ou neurologistas.
A musicoterapia é uma das práticas integrativas oferecidas gratuitamente pelo SUS em todo o Brasil.
Confira abaixo um vídeo do canal do Ministério da Saúde, mostrando um pouco como funciona na prática a musicoterapia:
https://www.youtube.com/watch?v=Htec23kApxk
E já que estamos aqui falando de música, vale lembrar nosso artigo sobre música para meditação e relaxamento, onde indicamos cinco discos para serem ouvidos online.
Boas audições!
Comentários