Sumário
Você já parou para analisar quais são seus hábitos? Eles são bons? Ruins? Consegue identifica-los?
Todos nós temos hábitos nas mais diferentes áreas da vida. Escovar os dentes ao acordar, trancar a porta de casa ao sair, ligar o rádio para ouvir as notícias enquanto dirige… são hábitos que podemos ter desenvolvido ao longo do tempo.
Eles podem tornar nossas vidas melhores ou piores, dependendo dos hábitos que temos. Mas o que é um Hábito e como os controlamos em nossas vidas?
O que é, e como se forma um Hábito?
Segundo o dicionário Michaelis, o Hábito é a “inclinação por alguma ação, ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato“.
Os hábitos tendem a ocorrer subconscientemente, o que significa que muitas vezes nem reparamos neles, mas eles sim, estão sempre lá.
Os hábitos surgem porque o cérebro está constantemente procurando maneiras de economizar esforços. Ele tenta transformar quase qualquer rotina em um Hábito, pois hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência.
Você não precisará de motivação extra se tiver um Hábito, porque sua mente executa essa ação específica como uma “coisa padrão a ser feita” em um determinado momento do dia. Se houver um Hábito, você continuará fazendo isso, sem colocar consciência, mesmo que seja algo chato ou difícil.
Por exemplo, o caminho que você faz diariamente para o trabalho. Você não pensa mais sobre ele. Você já o segue de forma automática, realizando todas as funções necessárias para chegar de ponto x a ponto y, seja dirigindo, ou via transporte público, ou caminhando, sempre sem raciocinar como, ou o que, está fazendo.
Um Hábito nasce da seguinte forma:
Primeiro há um gatilho, uma sugestão, que fará seu cérebro entrar em modo automático para executar uma ação. Pode ser um local, uma hora do dia, um estado emocional, um pensamento, uma crença, um padrão de comportamento, etc.
Depois, há a rotina, que é a repetição daquele comportamento acarretado pelo gatilho.
E por fim, a recompensa, que é o benefício que você ganha ao fazer o comportamento em questão, o que faz seu cérebro avaliar se vale a pena ele entrar nesse loop no futuro ao chegar naquele mesmo ponto específico.
Com o tempo, esse loop – conceito popularizado pelo autor e repórter Charles Duhigg, no livro “O Poder do Hábito” – torna-se cada vez mais automático e vira então um hábito.
O que é interessante pensarmos sobre os hábitos, é que podemos nos treinar para cria-los ou modifica-los.
Mas ao contrário do que muitos acreditam e propagam, não existe uma fórmula para criação de Hábito em 21 dias, ou qualquer outro período de tempo pré-determinado.
Não adianta tentarmos programar o cérebro dentro de uma quantidade de dias. A sua perseverança, disciplina e a repetição, é que são determinantes para o sucesso da criação do novo hábito, mas cada um tem seu tempo próprio para isso.
Quer um novo Hábito? Então comece com ele hoje, comece agora e não coloque prazos. Use sua força de vontade diariamente para realizar a nova atividade que deseja.
Torne seus hábitos instantâneos e para sempre.
Qual é a diferença entre Hábito e costume?
Embora o costume, ou mesmo a rotina, envolvam repetições de comportamento, eles não executam ações de forma impulsiva e natural como um Hábito.
Por exemplo, você pode ir para a academia todo dia pela manhã. É um costume, uma rotina sua, mas não um Hábito, pois você vai à academia porque sente que precisa ir, é uma necessidade autoimposta, não é algo feito sob impulso, de forma automatizada.
Quando surge um Hábito, o cérebro deixa de participar plenamente na tomada de decisões, e a diferença é justamente essa, o quanto de consciência você coloca na função e se ela contém alguma sensação de necessidade ou obrigação.
É possível mudar de Hábitos?
Como sugerimos no começo desse artigo, você já avaliou os seus hábitos? Percebeu se eles são bons ou ruins?
Se você identificou hábitos ruins, deve estar se perguntando se tem como se livrar deles, ou trocar por hábitos melhores.
É importante lembrar que tanto para hábitos bons quanto para hábitos ruins, o caminho de sua criação é o mesmo: o loop de gatilho – rotina – recompensa. O que seu cérebro quer realmente é a recompensa, cabe a nós entrega-la da melhor maneira.
Sendo assim, podemos até manter o gatilho, mas temos que mudar a ação da rotina, a segunda das três etapas do loop.
Por exemplo, muitas pessoas que fumam são acionadas para fazer esse Hábito em uma determinada hora do dia, tipo logo após o almoço. Esse hábito pode ser trocado por algo semelhante, mas menos prejudicial do que fumar.
Nesse momento a pessoa pode mascar um chiclete, por exemplo. Não que este seja um Hábito 100% saudável, mas é muito menos prejudicial do que o cigarro.
No final, o Hábito ainda está lá, apenas mudou para algo menos nocivo e mais produtivo, entregando dopamina ao cérebro da mesma forma como recompensa.
Uma das coisas mais importantes para você ter controle sobre seus hábitos, é entender quais são seus gatilhos, principalmente os que te levam ao Hábito ruim.
Sempre que um gatilho acontece, você precisa estar consciente para mudar a ação para alguma outra atividade agradável e acessível para você naquele momento.
Você também pode tomar atitudes para evitar o surgimento do próprio gatilho, como por exemplo, mudar de ambiente, cercar-se de pessoas com os bons hábitos que você pretende adquirir, ou mesmo evitar as ações que podem te levar aos tais gatilhos ruins.
Estando longe dos gatilhos e em uma nova realidade, o seu cérebro irá trabalhar para encontrar novos hábitos e recomeçar seu loop com outras coisas.
Mas lembre-se que um Hábito não desaparece facilmente, do contrário teríamos que, por exemplo, reaprender a andar de bicicleta ou a dirigir um automóvel sempre que fossemos usar um destes.
Justamente por causa do Hábito, quando encontramos com estes objetos (carro, bicicleta), eles funcionam como gatilho, e a ação rotineira ressurge e nos entrega a recompensa que buscamos (conduzi-los de forma quase automatizada).
Mais sobre o “loop do Hábito”
Lembra que citamos acima que o conceito do ‘loop do hábito’ vem do livro “O Poder do Hábito”, do jornalista Charles Duhigg?
Então, o canal Resumão Áudio Books fez um ótimo resumo do livro em um vídeo-áudio de 16 minutos que você pode conferir abaixo.
Inclusive, aqui na revista Meu Retiro estamos sempre propondo iniciativas edificantes para o nosso corpo, mente e espírito, e que tal experimentar esse novo hábito? Ouvir resumos de livros para angariar novos conhecimentos enquanto fazemos outra atividade? Vamos tentar?
Fica a dica.
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