Sumário
Buscando sempre promover nossos melhores sentimentos e o autoconhecimento, hoje aqui na Revista Meu Retiro vamos falar um pouco sobre Empatia.
A “Empatia” vem de uma palavra alemã, “einfühlung”, que quer dizer – “sentindo por dentro”. Einfühlung também advém do grego, de empatheia, palavra que une “Em” com “Pathos” – algo como “Na emoção/sentimento”,
Parece meio complexo né? Mas “colocar-se no lugar do outro” é talvez a definição mais simples e popular do que é o sentimento de Empatia.
Mas você sabia que, ao contrário de outros sentimentos como a tristeza, a felicidade, o medo, etc a Empatia não é a mesma para todos, pois possui três tipos diferentes?
Sim, ela é um pouco mais complexa do que apenas entender o que alguém pode estar sentindo.
Assim como existem muitas maneiras de sentir; existem diferentes maneiras de estar na emoção/sentimento, cada uma ligeiramente diferente a outra, e servindo a um propósito único.
Se você for uma pessoa empática, reagirá à dor de alguém de pelo menos uma das seguintes maneiras: entendendo sua dor cognitivamente ou compartilhando da dor deles emocionalmente, entrando em sua perspectiva como se fosse você quem estivesse tendo a experiência.
Empatia não envolve apenas dor, ela se aplica a tudo, mas a dor é sempre um bom exemplo nesse caso.
A Empatia é crucial nos relacionamentos e na vida. A capacidade de ver as coisas da perspectiva de outra pessoa afeta nossos relacionamentos, nossa saúde mental e emocional e até mesmo nossa carreira profissional.
Conhecer e explorar essas três variações pode nos ajudar a entender verdadeiramente o que significa Empatia, como podemos implementá-la e como ela realmente é importante para nós e para nossas relações.
Os Três Tipos De Empatia
Os três tipos de empatia incluem a cognitiva, a emocional e a compassiva. Cada tipo diferente se manifesta de sua própria maneira. Vejamos as características principais de cada uma delas:
Empatia Cognitiva
Empatia cognitiva é o tipo que muitas pessoas mencionam quando falam sobre esse sentimento no geral, é aquela definição que citamos no começo do texto, o de “se colocar no lugar dos outros”.
Ela é relativa ao desejo de compreensão e ao intelecto. É aquela que permite que você consiga compreender o que o próximo está sentindo através de experiências compartilhadas, é parte crucial para manter uma boa conexão e comunicação.
Exemplos de Empatia Cognitiva: Quando compreendemos os motivos de alguém ter tomado certa atitude ou quando entendemos o pensamento e sentimento do outro ao deparar-se com alguma questão.
Empatia Emocional
Empatia emocional, como o nome diz, está relacionado a emoções, sentimentos e sensações físicas. É quando você, depois de compreender como o outro está se sentindo, compartilha fisicamente as emoções dos outros ao lado deles.
Ou seja, ela é da ordem do sentir, é quando você sente fisicamente o que as outras pessoas sentem, como se suas emoções fossem contagiosas.
Exemplos de Empatia Emocional: Chorar durante um casamento, ou sentir dor ao ver alguém se machucar.
Empatia Compassiva
Empatia compassiva tem tudo a ver com encontrar o equilíbrio certo entre lógica e emoção. Ela lida com o intelecto, a emoção e, o próximo passo que é a ação.
Ela é da ordem do desejo de ajudar. Isso significa agir de acordo com nossos sentimentos de Empatia, envolver-se e ajudar os outros.
Exerce-la não apenas nos permite ajudar o próximo, mas também nos ajuda a encontrar nosso próprio propósito, nos torna mais hábeis com a reciprocidade e nos treina a sermos pessoas que sabem reagir melhor diante de cada situação.
Exemplos de Empatia Compassiva: Exercer algum tipo de ajuda ativa, ou mesmo o voluntariado.
E O Que Fazem As Três Empatias Juntas?
Os dois primeiros tipos de Empatia, sozinhas, tem seus prós e contras. Trabalhar com as três juntas é o ideal para qualquer pessoa.
Coloca-las em funcionamento simultaneamente é uma escolha consciente, e é uma receita para relacionamentos melhores e mais saudáveis.
Pessoas empáticas são melhores nas relações interpessoais, afetivas e profissionais, criam melhores conexões emocionais com o outro.
Compreender melhor o próximo nos ajuda a nos compreendermos melhor e a termos um maior controle sobe nossas emoções, o que por fim também auxilia até mesmo na redução do estresse.
Como Praticar a Empatia
Cultivar a Empatia é um processo de toda uma vida, mas um primeiro passo é imaginar como você se sentiria na situação de outra pessoa.
Faça uma pausa e esteja atento ao considerar isso, sem nenhum tipo de julgamento. Reserve um momento para se colocar na posição do próximo e cultive a compaixão como o próximo passo.
Aprenda a regular sua Empatia emocional, reconheça aquela emoção, compreenda-a. Faça a transição do foco na angústia da outra pessoa, para o que você pode fazer para melhorar a situação dela.
A ajuda aqui pode significar oferecer a audição de um problema, um ombro amigo para chorar, ou outra boa atitude qualquer.
Com o tempo o processo racional de cultivo da empatia se tornará algo natural em você, um sentimento genuíno e comum em diversas situações da vida.
Para te inspirar a ir mais a fundo nessa busca, sugerimos o seguinte vídeo do professor Mario Sergio Cortella, onde em conversa com a Carolina Ferraz ele comenta sobre o poder da Empatia. Vale conferir o conteúdo edificante e informativo:
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