Filme: Forrest Gump - O Contador de Histórias
Gênero: Comédia / Drama
Produção: The Tisch Company
Direção: Robert Zemeckis
Sumário
Ganhador dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição durante a 67ª cerimônia do Oscar em 1995, Forrest Gump é considerado um dos grandes filmes da história do cinema.
Muitos dos nossos leitores já devem ter assistido ao filme, até mesmo por que de tempos em tempos ele é exibido na tv em rede aberta.
Mas caso você nunca tenha assistido, vamos te contar a história básica do longa-metragem:
O filme conta a história de um garoto chamado Forrest Gump (Tom Hanks) com QI abaixo da média que consegue realizar grandes feitos em sua vida seguindo muitos conselhos e valores passados por sua mãe.
Sentado no ponto de ônibus esperando para ir ao encontro da sua amada (Robin Wright), ele conta alguns dos maiores acontecimentos dos Estados Unidos, dos quais coincidentemente participou ou foi agente influenciador, como a Guerra do Vietnã e o caso Watergate.
Durante essas passagens e momentos da sua vida, Forrest vai tocando a vida das pessoas em um filme onde o amor é o ingrediente principal.
O roteiro com forte carga emocional, explora recortes da vida do personagem que trazem dilemas que cabem na história de qualquer espectador: questões sobre a morte, o amor, a amizade, nossas escolhas e desencantos.
Caso você já tenha assistido essa obra-prima da sétima arte, convidamos você a refletir um pouco sobre essa obra conosco a seguir e, ao término dessa reflexão, que o assista novamente, agora sob outro olhar.
Forrest Gump e Suas Lições De Vida
Como toda obra de arte, esta também nos apresenta algumas ideias e conceitos que podem se aplicar em nossa própria vida.
Forrest Gump é recheado de momentos que servem como parábolas para abordar diferentes questões, algumas bem profundas, nos levando ao questionamento, a reflexão e a um processo de autoconhecimento.
Vejamos algumas dessas lições, retiradas de trechos e frases do filme:
“Posso não ser brilhante, mas sei o que é o amor.”
Durante toda a história do longa, vemos o personagem em uma jornada onde ele está sempre disposto a ouvir o próximo, abandonando sua auto importância e caminhando pelo viés do amor e da humildade.
Quando seu amor de infância nega seu pedido de casamento, Forrest Gump diz a frase título desse tópico.
Ela representa muito da personalidade do personagem, de uma superioridade do emocional sobre o racional, além de confirmar a boa escolha de Forrest em optar pelo olhar amoroso e da compaixão, já que no final da história, consegue realizar seu desejo de constituir família com sua amada.
Gump demonstra amor durante toda sua jornada, ama de todo o coração, seus amigos e seu par romântico, deixando sempre seus sentimentos expostos e em primeiro plano em suas relações pessoais.
Ama sem esperar nada em troca e entende que no amor, o outro precisa ser livre, inclusive para ir embora em sua própria jornada – como acontece com a personagem de Jenny em certo momento do roteiro.
Forrest Gump nos ensina que o amor é nossa qualidade mais notável, e que esta supera qualquer outra.
“Quando estava com sono, dormia. Quando estava com fome, comia. Quando eu deveria… você sabe, eu estava indo”
No filme, em certo momento, Forrest Gump sentiu vontade de correr, e então passou três anos correndo, atravessando o país e mobilizando centenas de pessoas em sua empreitada.
Apesar de muitos pensarem que essa atitude tinha algum grande propósito por trás, ele deixa claro que está correndo simplesmente porque estava com vontade de fazê-lo.
Nem tudo precisa ter um significado mais profundo – mas quando você começar a fazer o que ama, isso desenvolverá um significado mais profundo por conta própria.
Outros momentos em que esse conceito também é colocado no filme, são dois:
Um quando Forrest fica milionário e ainda assim segue cortando grama, sem se importar com o que os outros pensam disso; e outro quando ele se destaca como jogador de pingue-pongue, sendo considerado uma celebridade nacional, enquanto para ele, sentia que “estava só jogando”.
Durante toda a história, ele sempre segue fiel ao que gosta, ao que quer fazer e o que o faz feliz.
E por mais óbvio que isso seja, nem sempre agimos assim.
Como Forrest, deveríamos dedicar um pouco mais de tempo às coisas que realmente queremos fazer e que nos fazem feliz.
“Existe um limite para a fortuna de que um homem realmente precisa e o resto é apenas para se exibir”
Forrest Gump usa essa justificativa após dar para a família de Bubba, parte dele no negócio de barcos de pesca, abrindo mão de uma quantidade considerável de dinheiro.
Ele continua a explicar:
“Então, eu dei um monte para a Igreja do Evangelho Quadrangular e um monte para o Hospital de Pesca de Bayou La Batre. E embora Bubba estivesse morto e o tenente Dan dissesse que eu estava louco, dei a parte de Bubba para a mãe de Bubba. E sabe de uma coisa? Ela não precisava mais trabalhar na cozinha de ninguém.”
Em um personagem cuja jornada é baseada no amor e na compaixão, a generosidade, a partilha e o olhar amoroso ao próximo, são parte de uma riqueza ainda maior do que o valor do dinheiro.
Outro conceito bem claro de Forrest, e que nos serve de lição, é o de aproveitar as coisas simples e também saber partilha-las com quem nos é querido, mesmo quando isso é tudo que se tem, como acontece na cena onde nosso protagonista oferece um simples sorvete ao tenente Dan.
“Você tem que fazer o melhor com o que Deus lhe deu.”
Todos nascemos com nossas qualidades e defeitos, com características que nos fazem únicos, e é nessas condições que temos que dar o nosso melhor.
Forrest Gump mostra que mesmo com seu baixo QI, por exemplo, conseguiu conquistar o mundo, usando tudo o que tinha de melhor a seu favor.
A frase dita por sua mãe, e título do tópico, influenciou o personagem a sempre abraçar quem ele era, ignorando comentários e opiniões contrárias sobre suas capacidades.
“O que é normal afinal?”, ele questiona em certo ponto de sua história.
Outras pessoas não podem ditar quem você é ou o que deveria fazer. As opiniões são simplesmente isso, opiniões.
Muitas vezes nos preocupamos demais com o que os outros pensam de nós, e assim nunca seremos verdadeiramente felizes. Forrest nos lembra o filme todo que, a maneira como você se vê, influencia no seu caminho.
Somos quem somos e devemos aprender a nos amar exatamente deste modo.
“A vida é como uma caixa de chocolates: você nunca sabe o que vai pegar.”
Esta frase dita pela mãe de Forrest Gump, talvez seja a mais importante do filme, e uma das maiores lições que podemos levar pra nossa própria vida.
A metáfora é simples: a vida é imprevisível, assim como a caixa de chocolates. Você até tem uma ideia do que pode ter ali dentro, mas não tem certeza. E ao abri-la, poderá se decepcionar com alguns dos doces, assim como deliciar-se com outros.
Mas o que fica afinal é a experiência de conhecer diferentes sabores, texturas e possibilidades. Uns mais amargos, outros mais doces.
Consumir a caixa inteira, sem pressa, compreendendo do que é feito cada um daqueles chocolates, para enfim entender que toda aquela jornada valeu a pena, e que mesmo com alguns chocolates melhores que outros, nada supera a experiência de comer uma caixa inteira sozinho em toda sua plenitude.
E você, já está saboreando a sua?
Aqui na Revista Meu Retiro sempre indicamos filmes inspiradores, obras que possam nos proporcionar uma reflexão edificante.
Esperamos que após essas lições resgatadas do rico roteiro de Forrest Gump, você assista ao filme com olhos inéditos, mesmo se pra você ele for uma reprise.
A jornada de autoconhecimento abre nossas possibilidades inclusive de interpretação desse tipo de obra. Experimente!
Forrest Gump está disponível no catálogo da plataforma Amazon Prime Video, além de estar disponível para locação via iTunes e via YouTube.
Assista ao trailer do filme abaixo:
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